Os tardígrados, pequenos animais invertebrados de oito patas com no máximo 2 milímetros de comprimento, mais conhecidos como ursos d'água, possuem excepcional resistência a ambientes hostis e seriam capazes de sobreviver no vácuo espacial, afirma um estudo publicado nesta terça-feira na revista americana Current Biology.
Uma vez que os musgos e líquens, seu hábitat natural, sofrem constantemente com secas prolongadas, também os tardígrados são capazes de permanecer secos, quase mortos, para então ressucitar quando o ambiente recuperar a umidade, mesmo após vários anos.
Estes animais também demonstram uma incrível resistência a temperaturas extremas, entre -272 e 151 graus Celsius, e a pressões até 300 vezes maiores que a da atmosfera terrestre.
Exemplares de tardígrados foram levados a bordo da nave espacial européia FOTON-M3, lançada em setembro de 2007 por um foguete russo Soyouz-U, e expostos ao vácuo espacial a 270 km de altitude.
Após o regresso da cápsula à Terra, os cientistas verificaram que a maioria dos tardígrados 'viajantes' resistiu não apenas ao vácuo espacial como também a doses de raios ultravioleta mil vezes maiores que na superfície do sol - mortais para a maioria dos organismos vivos.
Segundo os pesquisadores, os animais saíram de seu estado de hibernação ao entrar em contato com a água, sem apresentar nenhuma alteração biológica e reproduzindo-se normalmente.
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