quinta-feira, 25 de março de 2010

Viva Zapata!

Em 1909, no México, um grupo de lavradores vai até o presidente, afirmando que suas terras foram roubadas, e um deles deixa claro que o governo não pretende fazer nada por eles. Este lavrador acaba se tornando um guerrilheiro, que por vários anos teve importância política na vida do país. Além de outras semelhanças que possam vir a ter Brasil e México, o problema da terra e, conseqüentemente, da fome é uma delas. No bom filme de John Steinbeck (ganhador do Nobel de literatura), Marlon Brando interpreta Emiliano Zapata, um líder camponês do sul do México (mais precisamente de Morelos) que através da luta armada derruba Porfírio Diaz, há mais de três décadas no poder. Ainda que predomine uma certa tendência própria de Holywood em dividir vilões de mocinhos, Viva Zapata! exalta de forma bastante consistente a revolução permanente do povo mexicano na luta pela reforma agrária. Mesmo que essa luta dos trabalhadores no filme seja mais para conseguir cultivar o milho do que para realizar uma reforma agrária consciente, ele expõe o dilema da maioria dos povos latino-americanos que convivem com as grandes propriedades rurais. A luta de classes no filme toma forma com a insistente tentativa de Zapata se casar com Josefa, mulher de classe alta e família conservadora. Ao mesmo tempo em que conquista a garota, o camponês, até então analfabeto, aprende a ler só quando ela se dispõe a ensiná-lo.
Pelo ponto de vista cinematográfico, é uma das melhores performances do ator Marlon Brando...Tem uma bela história, um homem humilde luta pelos seus direitos e pela sua gente. O poder quase lhe subiu à cabeça, mas se recuperou a tempo de se tornar uma lenda.
Viva Zapata! é um filme de 1952, dirigido por Elia Kazan. O filme foi escrito por John Steinbeck e Edgecumb Pinchon e foi considerado pelo The New York Times como um dos 1000 melhores filmes do mundo.

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Retirado daqui.

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